Fora Temer reúne 10 mil manifestantes pelas ruas da capital potiguar

Os movimentos sociais e centrais sindicais que integram a Frente Brasil Popular saíram às ruas de ontem (9), em diversas cidades do país, em defesa da democracia e para protestar contra o impeachment. As manifestações também se opõem à retirada de direitos promovida pelo governo interino de Michel Temer.

Na capital do Rio Grande do Norte o ato contra o governo ilegítimo de Michel Temer contou com a presença de 10 mil pessoas. A caminhada de protesto ocorreu entre o shopping Midway Mall e a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern).

Nota
Em nota, a Frente Brasil Popular afirma que o golpe institucional decorrente do impeachment tem como alvo "a classe trabalhadora, os setores populares, os direitos sociais, as liberdades civis e democráticas, o patrimônio público, a soberania e o Estado Nacional."

O documento também expõe as contradições do governo interino, que adota discurso de austeridade, mas amplia o déficit público. Por outro lado, acaba com a obrigatoriedade de gastos governamentais em saúde e educação, impondo limites que significam um verdadeiro desmonte dos serviços públicos.

Eles também denunciam a diminuição de recursos em programas como o Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa Família, e atacam a proposta de reforma da Previdência do governo Temer, que quer aumentar a idade mínima para acesso às aposentadorias e desvincular do salário mínimo o reajuste dos aposentados.

"Cientes de que as urnas não aprovariam o desmonte do patrimônio público e a retirada de direitos conquistados", o governo golpista promove também a dilapidação do patrimônio público com privatização de empresas estatais no setor elétrico, nos portos e aeroportos, a venda de campos do pré-sal para corporações transnacionais e a venda de terras e demais recursos naturais ao capital internacional, segundo os movimentos.

Participação
Em Natal, membros de Movimentos sindicais e estudantis, além de partidos políticos, empunhando bandeiras e faixas contra o governo, percorreram pouco mais de um quilômetro cantando músicas contra o presidente interino Michel Temer.

A manifestação começou por volta das 17h, saindo do Midway Mall e fechou parcialmente a Avenida Salgado Filho, sentido Zona Sul – Centro. Por volta das 18h, o ato se concentrou em frente à Fiern. O protesto ocorreu durante a sessão do Senado realizada para definir se a presidente afastada Dilma Rousseff seria julgada por supostamente ter cometido crimes de responsabilidade.

Além de fazer o alerta, o ato de ontem também teve como objetivo convocar a população para um ato nacional, previsto para o próximo dia 16. O protesto será realizado pelas centrais sindicais de todo o país no período de votação do impeachment.

A manifestação destacou ainda a discussão quanto a negociação da dívida dos estados e a Proposta de Emenda Constitucional 241 que limita os gastos públicos. A PEC, que foi enviada ao congresso pelo governo do presidente interino Michel Temer, propõe limitar os gastos públicos nos próximos 20 anos.

Estiveram entre os presentes no ato membros do MST, da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e Partidos dos Trabalhadores (PT).

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