Natal diz não ao golpe contra a democracia

Com um público total estimado entre oito e dez mil pessoas, segundo cálculos efetuados, respectivamente, pela Polícia Militar e pelos organizadores da manifestação, os natalenses foram às ruas protestar no dia 16/12, contra a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma, contra o ajuste fiscal e pelo afastamento do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha.

A manifestação teve início por volta das 15h30, no cruzamento das avenidas Salgado Filho e Bernardo Vieira, nas proximidades do campus central do IFRN, no bairro de Lagoa Nova, e seguiu em caminhada de aproximadamente três quilômetros, até a Praça da Árvore de Natal, instalada no bairro de Mirassol. Para diversas fontes, o evento desta quarta-feira foi o de maior afluência de público nos últimos anos.

O ato começou às 15h, com uma concentração em frente ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN), na Av. Sen. Salgado Filho. Uma hora depois, no início da caminhada em direção à Praça da Árvore, em Mirassol, o coro de vozes clamando “Fora Cunha” ganhou um número significativo de adeptos. Além de Natal, manifestações em defesa da presidente da República ocorreram em Mossoró e em mais 20 capitais brasileiras.

A longa marcha de manifestantes, formada por trabalhadores rurais ligados à Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar, estudantes da Frente Popular da Juventude, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), centrais sindicais, movimentos populares e inúmeros partidos de esquerda participaram do protesto.

Além de criticar a atuação do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), que é alvo de investigações da Polícia Federal, os manifestantes gritaram palavras de ordem contra veículos de comunicação e integrantes da bancada federal potiguar em Brasília.

Os trabalhadores de todo o país devem ser alertados sobre quem mesmo são aqueles que desejam o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, senão os mesmos que criticam a política de valorização do salário mínimo, defendem a terceirização sem limites e repudiam as políticas de igualdade de gênero e raça.

O golpe será apenas o primeiro passo de uma agenda conservadora de retrocessos que, após o impeachment da Dilma, trará para o alvo os trabalhadores e os movimentos sindical e sociais. Por isso, as manifestações são de fundamental para a classe trabalhadora defender seus direitos.

O protesto, em Natal, reuniu o dobro de pessoas em comparação ao ato a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, realizado domingo passado em frente ao Shopping Midway Mall. Em nenhum dos protestos foi registrado atos de violência ou ocorrências policiais.

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