Coletiva de imprensa mostra estudo que pode colocar a folha de pagamento do Estado em dia



   Na manhã de ontem (24) os sindicatos realizaram uma coletiva de imprensa para apresentar um estudo realizado com dados do Portal da Transparência e os relatórios de Gestão Fiscal do Estado. O estudo aponta que os poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público receberam valores a mais nos repasses do duodécimo.  Já que este repasse é calculado sobre uma projeção orçamentária e esta tem sofrido frustrações nos últimos anos. 


   O Estudo mostra que de 2010 a agosto deste ano, o Ministério Público, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas tiveram um aumento de 90% no valor nominal - não leva em conta a inflação - dos repasses constitucionais feitos a eles mensalmente por meio dos duodécimos. Esses valores são definidos pela Lei Orçamentária Anual, com base na projeção que o Executivo faz para as receitas do ano. O crescimento das receitas estaduais, porém, foi bem menor: 47,8%. Já o gasto com pessoal aumentou 56,1% no mesmo período. 
Ao longo dos últimos seis anos os reajustes dos duodécimos seguissem apenas a inflação, o Executivo teria repassado R$ 1,44 bilhão a menos. 


   A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) tem sido bastante utilizada para impedir reajustes salariais dos servidores e inclusive como recomendação de corte de servidores caso o Governo não retorne ao limite prudencial obedecendo a LRF. Mas a própria lei, no artigo 9º,  parágrafo 3,  garante que o Executivo deve repassar as frustrações do orçamento para os poderes também. Isto é, se a receita foi menor que a estimada, deve haver um desconto proporcional no duodécimo.

   Os sindicatos ressaltam que os servidores não estão contra os poderes, nem tem qualquer interesse que sejam reduzidos os repasses constitucionais do duodécimo, mas diante da crise financeira que vive o Rio Grande do Norte, não é justo que apenas o poder Executivo e seus servidores, paguem a conta.  Devolvendo estes valores que pertencem ao Executivo, os demais poderes podem dar sua parcela de contribuição neste momento de crise. 

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