SERVIDORES DO ESTADO CONSEGUEM BARRAR VOTAÇÃO DO ORÇAMENTO NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Na manhã da última
quinta-feira(15), centenas de servidores públicos do poder executivo, atenderam
ao chamado dos sindicatos e compareceram à Assembleia Legislativa (AL) para
exigir que a proposta de orçamento para o ano de 2017 seja revista. A proposta
aprovada pela comissão de finanças da Assembleia Legislativa vai contra os
pleitos dos servidores públicos. Se o orçamento do Governo para o próximo ano
for aprovado da maneira como está, as expectativas para 2017 são as piores.
Enfrentaremos um ano de muita dificuldade financeira, comprometendo mais uma
vez a folha de pagamento dos servidores públicos e a manutenção dos serviços
essenciais como saúde, educação e segurança pública.
Os servidores
ocuparam as galerias da assembleia e aguardaram o inicio da sessão. Muitos
ficaram do lado de fora, e realizaram um belo ato na praça 7 de setembro. A
presença dos servidores e a pressão dos sindicatos obrigou os deputados a adiar
a votação do orçamento.
Após longa conversa e negociação com as entidades
sindicais, os deputados decidiram chamar todos os poderes (Executivo,
Judiciário, MP e TCU) para rever o orçamento apresentado por cada um dos
poderes, para uma melhor adequação das finanças.
A solicitação das
entidades sindicais é que se cumpra a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que o
orçamento 2017 seja aprovado conforme foi solicitado pelo poder Executivo, pois
pela primeira vez, o Governo fez os cálculos baseado no que realmente foi gasto
no ano de 2016.
O art. 38 da LDO prevê que a despesa com
pessoal será fixada a partir da folha de junho 2016 de cada Poder,
acrescentando 7% (inflação e crescimento vegetativo).
Segundo o art. 20 da LDO, o custeio e investimento
repetem o mesmo índice do orçamento de 2016.
Ou seja, o executivo encaminhou um projeto baseado
na LDO e em cima de dados reais.
Contudo, a comissão
de finanças da AL manteve um orçamento que foi construído com base numa ficção
que foi o orçamento de 2016.
Em linhas gerais, o
judiciário entra o ano com uma sobra de 84 milhões e o executivo entra com um
déficit de 300.
Segundo o § 1 do
art. 99 da Constituição os tribunais deverão elaborar sua PLOA nos limites da
LDO. Se a o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) não respeitar a LDO, (como
no caso), o § 4 desse artigo determina que o EXECUTIVO fará os devidos ajustes.
Essa regra também vale para o MP (art. 127), defensoria (134) e demais.
O Sinsp e demais
entidades de classe estarão em vigília acompanhando cada passo, até a votação
do Orçamento 2017, pois aprovar um orçamento real, condizente com a realidade
financeira do Estado, é uma maneira de garantir o pagamento dos salários dos
servidores em dia, bem como a manutenção dos serviços públicos essenciais. A
direção do SINSP parabeniza e agradece a todos os servidores que compareceram
ao ato e pede o apoio e a participação de todos neste processo.
Mais uma vez
destacar que a presença dos servidores na Assembleia Legislativa foi crucial
para conseguir barrar mais um golpe que estava sendo planejado contra os
servidores públicos e contra toda a população do Rio Grande do Norte. A luta
continua. A votação do orçamento está prevista para a próxima terça-feira (20)
na AL, a partir das 9h. Mais uma vez contamos com a presença de todos!
Janeayre Souto fala em ato público em frente à Assembleia Legislativa, após a decisão dos deputados em adiar a votação do orçamento:
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